Os/as alunos do 8º ano do Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins, em Chaves, juntamente com suas professoras de Geografia, Ciências Naturais e Cidadania e Desenvolvimento, debateram, ao longo do primeiro semestre de 2022, fenómenos associados às alterações climáticas que têm se intensificado no concelho de Chaves.
Após a realização de atividades debatidas em sala de aula, os/as jovens focaram a sua investigação nas cheias, que emergiram como os problemas climáticos locais mais preocupantes.
Estes problemas, bem como as suas causas e consequências para a região, foram o ponto de partida das sessões de Laboratórios Climáticos Colaborativos (Cicli-Labs) com o objetivo de potenciar diálogo e cocriação de soluções acionáveis.
Para isso, uma sessão de Cicli-Labs promoveu atividades de articulação entre atores de diversos setores, incluindo a Dra. Esther Garrido, da Associação Inspira; as Dras. Rafaela Guimarães e Daniela Correia, da Aquavalor; e o Dr. Francisco Melo, vice-presidente da Câmara Municipal de Chaves.
A sessão teve como objetivo construir um plano colaborativo de adaptação climática, privilegiando o trabalho de investigação conduzido pelos/as jovens estudantes e potenciando a partilha de conhecimentos e discussões sobre cidadania, política e clima.
Esta sessão ocorreu no Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins em 9 de junho. Inicialmente, os/as jovens criaram a Árvore do Problema Climático, representando as causas e efeitos das cheias na região. A partir disto, foram debatidas possíveis soluções a colocar em prática.
Os/as jovens sugeriram a realização de limpeza voluntária dos rios e de campanhas de sensibilização com uso de imagens, o que debatido com os atores sociais. A preocupação que emergiu desta sessão, por parte dos/das estudantes, está relacionada ao rio Tâmega. Neste sentido, foram debatidas propostas de proteção do rio, focadas na remoção de resíduos.
No próximo ano, será dado seguimento a estas propostas para resolução do problema climático em Chaves, com a articulação de estratégias de implementação das ideias debatidas nos CiCli-Labs.
O objetivo será desenvolver, por meio do diálogo, estratégias regionalmente articuladas e amplamente divulgadas para colmatar os problemas climáticos locais apontados pelos/as jovens estudantes do Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins.
Por fim, espera-se que estes laboratórios apontem possíveis caminhos colaborativos de adaptação climática para o fortalecimento da resiliência local neste concelho.
Os/as alunos do 11º ano do Agrupamento de Escolas do Concelho de Caminha, juntamente com suas professoras de Geografia debateram, ao longo do primeiro semestre de 2022, fenómenos associados às alterações climáticas que têm se intensificado no concelho de Caminha.
Após a realização de atividades debatidas em sala de aula, os/as jovens focaram a sua investigação no aumento do nível médio da água do mar e nos incêndios, que emergiram como os problemas climáticos locais mais preocupantes.
Estes problemas, bem como as suas causas e consequências para a região, foram o ponto de partida das sessões de Laboratórios Climáticos Colaborativos (Cicli-Labs) com o objetivo de potenciar diálogo e cocriação de soluções acionáveis.
A sessão teve como objetivo construir um plano colaborativo de adaptação climática, privilegiando o trabalho de investigação conduzido pelos/as jovens estudantes e potenciando a partilha de conhecimentos e discussões sobre cidadania, política e clima.
Esta sessão ocorreu no Agrupamento de Escolas do Concelho de Caminha em 2 de junho. Inicialmente, os/as jovens criaram a Árvore do Problema Climático, representando as causas e efeitos do aumento do nível médio das águas e dos incêndios. A partir disto, foram debatidas possíveis soluções a colocar em prática.
Entre algumas soluções possíveis debatidas entre os presentes, estão a utilização de menos transportes privados, combinada com a utilização de mais carros elétricos e bicicletas. Também se debateu a necessidade de reduzir o consumo de plásticos e procurar alternativas aos combustíveis fósseis no concelho.
Espera-se que estes laboratórios apontem possíveis caminhos colaborativos de adaptação climática para o fortalecimento da resiliência local em Caminha.
Os/as alunos do 9º, 10º e 11º ano do Agrupamento de Escolas João Araújo Correia, juntamente com seus professores e suas professoras de Biologia e Geologia, Ciências Naturais, Educação para a Cidadania, Física, Geografia e História debateram, ao longo do primeiro semestre de 2022, fenómenos associados às alterações climáticas que têm se intensificado no concelho de Peso da Régua.
Após a realização de entrevistas à comunidade, os/as jovens focaram a sua investigação nos impactos das alterações climáticas nas vinhas, que emergiram como os problemas climáticos locais mais preocupantes.
Estes problemas, bem como as suas causas e consequências para a região, foram o ponto de partida das sessões de Laboratórios Climáticos Colaborativos (Cicli-Labs) com o objetivo de potenciar diálogo e cocriação de soluções acionáveis.
Estas sessões tiveram como objetivo construir um plano colaborativo de adaptação climática, privilegiando o trabalho de investigação conduzido pelos/as jovens estudantes e potenciando a partilha de conhecimentos e discussões sobre cidadania, política e clima.
As duas sessões de CiCli-Labs ocorreram nos dias 18 de maio e 1 de junho, no auditório do Agrupamento de Escolas João Araújo Correia. Inicialmente, os/as jovens criaram a Árvore do Problema Climático, representando as causas e efeitos dos impactos das alterações climáticas na vitivinicultura na região de Peso da Régua. A partir disto, foram debatidas possíveis soluções a colocar em prática.
Uma das soluções identificadas pelos e pelas estudantes, e debatidas com os atores sociais, foi a necessidade de fazer formação dos agricultores para que se adaptem a estas novas características da região: por exemplo, saber onde cultivar, que castas cultivar e a que altitude.
Verificou-se, ainda, a necessidade de uma gestão mais racional da água, construindo reservatórios para armazenar água das chuvas. Também debateu-se a instalação de uma rede de sensores que permita monitorizar a variação da temperatura e da precipitação e que forneça informação precisa, permitindo tomar decisões que facilitem a adaptação às novas condições.
No próximo ano, será dado seguimento a estas propostas para resolução do problema climático em Peso da Régua, com a articulação de estratégias de implementação das ideias debatidas nos CiCli-Labs.
O objetivo será desenvolver, por meio do diálogo, estratégias regionalmente articuladas e amplamente divulgadas para colmatar os problemas climáticos locais apontados pelos/as jovens estudantes de Peso da Régua.
Por fim, espera-se que estes laboratórios apontem possíveis caminhos colaborativos de adaptação climática para o fortalecimento da resiliência local neste concelho.
Os/as alunos do 10º, 11º e 12º ano do Agrupamento de Escolas de Gaia Nascente, juntamente com seus professores e suas professoras de Geografia, História, e Cidadania e Desenvolvimento, debateram, ao longo do primeiro semestre de 2022, fenómenos associados às alterações climáticas que têm se intensificado no concelho de Vila Nova de Gaia.
Após a aplicação de questionários na comunidade, os/as jovens focaram a sua investigação nos impactos das alterações climáticas para a migração das aves, que emergiram como os problemas climáticos locais mais preocupantes.
Estes problemas, bem como as suas causas e consequências para a região, foram o ponto de partida das sessões de Laboratórios Climáticos Colaborativos (Cicli-Labs) com o objetivo de potenciar diálogo e cocriação de soluções acionáveis.
Estas sessões tiveram como objetivo construir um plano colaborativo de adaptação climática, privilegiando o trabalho de investigação conduzido pelos/as jovens estudantes e potenciando a partilha de conhecimentos e discussões sobre cidadania, política e clima.
As três sessões de CiCli-Labs ocorreram nos dias 11 de maio, 25 de maio e 1 de junho, na biblioteca da Escola de Gaia Nascente. Inicialmente, os/as jovens criaram a Árvore do Problema Climático, representando as causas e efeitos das migrações das aves em relação com as alterações climáticas. A partir disto, foram debatidas possíveis soluções a colocar em prática.
Nos CiCli-Labs, da parte dos/as estudantes, destacam-se algumas dessas sugestões: promover ações de voluntariado na recolha de lixo e planear atividades em parceria com outras escolas, criando assim um espaço de partilha com alunos mais novos. Debateu-se ainda a possibilidade de penalizar quem não cumpre com a legislação ambiental em vigor.
No próximo ano, será dado seguimento a estas propostas para resolução do problema climático em Vila Nova de Gaia, com a articulação de estratégias de implementação das ideias debatidas nos CiCli-Labs.
O objetivo será desenvolver, por meio do diálogo, estratégias regionalmente articuladas e amplamente divulgadas para colmatar os problemas climáticos locais apontados pelos/as jovens estudantes de Gaia Nascente.
Por fim, espera-se que estes laboratórios apontem possíveis caminhos colaborativos de adaptação climática para o fortalecimento da resiliência local neste concelho.
Os/as alunos do 10º, 11º e 12º ano da Escola Secundária de Vila Verde, juntamente com as suas professoras de Geografia, debateram, ao longo do primeiro semestre de 2022, fenómenos associados às alterações climáticas que têm se intensificado no concelho.
Após a recolha e análise de provérbios populares relacionados com a meteorologia, seguidos da aplicação de questionários na comunidade, os/as jovens focaram a sua investigação nas possíveis mudanças sentidas em comparação com os ditados populares. Questões como as ondas e ilhas de calor emergiram como os problemas climáticos locais mais preocupantes.
Estes problemas, bem como as suas causas e consequências para a região, foram o ponto de partida das sessões de Laboratórios Climáticos Colaborativos (Cicli-Labs) com o objetivo de potenciar diálogo e cocriação de soluções acionáveis.
Para isso, três sessões de Cicli-Labs promoveram atividades de articulação entre atores de diversos setores, incluindo a Dra. Ana Carvalho, da CIM Cávado; o Dr. Manuel Lopes, vereador da Câmara Municipal de Vila Verde; a empresária Ana Almeida, da Associação Empresarial Vale do Homem; o empresário e professor Francisco Bezerra, da Cooperativa Agrícola; o Dr. Pdro Augusto, membro da Associação Terras do Cávado; os ativistas Patrícia Barroso, Alexandre Monteiro e Teresa Vargas, da Rebelião Climática; e a Doutora Carmen Gonçalves, investigadora do Centro de Física (CF-UM-UP), da Universidade do Porto.
Estas sessões tiveram como objetivo construir um plano colaborativo de adaptação climática, privilegiando o trabalho de investigação conduzido pelos/as jovens estudantes e potenciando a partilha de conhecimentos e discussões sobre cidadania, política e clima.
As três sessões de CiCli-Labs ocorreram nos dias 11 de maio, 25 de maio e de junho, no Laboratório de Aprendizagem da Escola. Inicialmente, os/as jovens criaram a Árvore do Problema Climático, representando as causas e efeitos das mudanças meteorológicas na região de Vila Verde. A partir disto, foram debatidas possíveis soluções a colocar em prática.
Do debate entre os/as participantes, destacaram-se duas sugestões: gratuidade do transporte público e incentivo às energias renováveis. Para os/as estudantes, a criação de um benefício verde aos cidadãos dispostos a instalar painéis solares foi a solução que reuniu maior consenso.
Para a implementação desta ideia, jovens sugeriram também a redução do IMI face à certificação energética das habitações. Neste sentido, cada ator local participante expôs contributos que, na sua área, poderiam ajudar a colocar em prática as propostas de soluções avançadas pelos/as jovens.
Da parte dos/as estudantes de Vila Verde, mostrou-se importante também coletar dados a respeito da perceção da população sobre questões como os painéis solares, por exemplo, com o objetivo de elaborar estratégias de adaptação climática mais eficazes para a comunidade.
No próximo ano, será dado seguimento a estas propostas para resolução do problema climático em Vila Verde, com a articulação de estratégias de implementação das ideias debatidas nos CiCli-Labs.
O objetivo será desenvolver, por meio do diálogo entre estudantes e atores sociais locais, estratégias de incentivo para o uso de energias renováveis em Vila Verde. Por fim, espera-se que estes laboratórios apontem possíveis caminhos colaborativos de adaptação climática para o fortalecimento da resiliência local neste concelho.
Os/as alunos do 8º ano e do 10º ano do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira, juntamente com as suas professoras de Geografia, debateram, ao longo do primeiro semestre de 2022, fenómenos associados às alterações climáticas que têm se intensificado no concelho.
Após a aplicação de questionários na comunidade, os/as jovens focaram a sua investigação nos incêndios e na desflorestação, que emergiram como os problemas climáticos locais mais preocupantes.
Estes problemas, bem como as suas causas e consequências para a região, foram o ponto de partida das sessões de Laboratórios Climáticos Colaborativos (Cicli-Labs) com o objetivo de potenciar diálogo e cocriação de soluções acionáveis.
Para isso, três sessões de Cicli-Labs promoveram atividades de articulação entre atores de diversos setores, incluindo a Engenheira Margarida Barbosa, da Associação de Produtores Florestais (Valminho Florestal); a Dra. Sandra Estevéns, da CIM Alto Minho; a Dra. Sónia Guerreiro, vereadora da Educação da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira; Lucy Small, Ângelo Fernandes e Ana Cristina Lages, da Associação de Defesa do Património (COREMA); e, por fim, João Vieira, especialista em Psicologia, do Centro de Psicologia da Universidade do Porto.
Estas sessões tiveram como objetivo construir um plano colaborativo de adaptação climática, privilegiando o trabalho de investigação conduzido pelos/as jovens estudantes e potenciando a partilha de conhecimentos e discussões sobre cidadania, política e clima.
As três sessões de CiCli-Labs ocorreram nos dias 28 de abril, 12 de maio e 26 de maio, na biblioteca da Escola Básica e Secundária de Vila Nova de Cerveira. Inicialmente, os/as jovens criaram a Árvore do Problema Climático, representando as causas e efeitos dos incêndios e da desflorestação na região de Cerveira. A partir disto, foram debatidas possíveis soluções a colocar em prática.
Da parte dos/as estudantes, destacam-se algumas dessas sugestões: uma delas é a divulgação mais ampla das atividades de prevenção de riscos climáticos associados aos incêndios e à desflorestação.
Para os/as estudantes, a divulgação de ações de prevenção aos incêndios (como a plantação de árvores autóctones, por exemplo) nas redes sociais não é suficiente, pois não prende a atenção de jovens, pelo contrário. Além disso, estudantes referiram que as redes sociais dispersam a atenção e, por esta razão, revelam-se insuficientes como plataforma de divulgação. Neste sentido, jovens sugeriram envolver associações desportivas juvenis e escuteiros na divulgação de ações preventivas aos incêndios e à desflorestação.
Uma das estudantes sugeriu também o engajamento estudantil num projeto da escola, o Clube da Natureza, que poderia vir a envolver-se em atividades juntamente com a comunidade para a implementação de um plano colaborativo de adaptação climática.
Debateu-se ainda a importância de fortalecer a articulação regional no combate ao problema climático local. Nesse sentido, cada ator local participante expôs contributos que, na sua área, poderiam ajudar a colocar em prática as propostas de soluções avançadas pelos/as jovens.
A promoção dessa ação regionalmente articulada poderá ser feita, por exemplo, em parceria com a CIM Alto Minho, que se dispôs a agir em conjunto com outros órgãos do poder local para tornar a iniciativa mais eficaz.
Da parte dos/as estudantes do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira, mostrou-se importante adotar estratégias capazes de sensibilizar, informar e educar para mudar comportamentos no concelho e, assim, colmatar problemas relativamente aos incêndios e à desflorestação.
No próximo ano, será dado seguimento a estas propostas para resolução do problema climático em Vila Nova de Cerveira, com a articulação de estratégias de implementação das ideias debatidas nos CiCli-Labs.
O objetivo será desenvolver, por meio do diálogo, estratégias regionalmente articuladas e amplamente divulgadas para colmatar a questão dos incêndios e da desflorestação em Vila Nova de Cerveira. Por fim, espera-se que estes laboratórios apontem possíveis caminhos colaborativos de adaptação climática para o fortalecimento da resiliência local neste concelho.
A equipa do Projeto ClimActiC realizou, entre abril e junho deste ano, 15 sessões de laboratórios colaborativos climáticos (CiCli-Labs).
Os laboratórios ocorreram em oito escolas de sete regiões do Norte de Portugal: Vila Nova de Gaia, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Chaves, Macedo de Cavaleiros, Paços de Ferreira, Peso da Régua e Vila Verde.
Os CiCli-Labs reuniram jovens estudantes do 7º ao 12º ano, de escolas do Norte de Portugal, agentes económicos, decisores políticos locais e regionais, além de representantes de ONGs e ativistas.
As atividades realizadas tiveram por objetivo promover diálogo e cocriação entre cientistas, jovens, ativistas, agentes económicos e decisores políticos. O ponto de partida destes laboratórios residiu em trabalho que jovens estudantes realizaram previamente nas suas escolas de identificação e pesquisa sobre os problemas climáticos locais que mais os preocupavam.
Nesta primeira edição dos CiCli-Labs, foram trabalhados os seguintes problemas climáticos locais:
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira: incêndios florestais e desflorestação Ao questionarem a comunidade sobre os principais problemas ambientais da localidade, estudantes identificaram os incêndios e a desflorestação. Além disso, os e as jovens também indetificaram que estes são provocados por fatores como: aumento das temperaturas em nível global, diminuição de precipitação, construções humanas, exploração agrícola e florestal, doenças fitossanitárias e introdução de espécies invasoras.
Agrupamento de Escolas do Concelho de Caminha: incêndios e subida do nível médio da água do mar e do rio Por ter a Mata Nacional do Camarido como ligação entre a Foz do Minho e a Praia de Moledo, o problema climático local identificado pelos e pelas jovens mostrou-se complexo. O trabalho dos e das estudantes revelou que, enquanto o aumento do nível médio da água é causado por questões como o degelo, os incêndios são provocados pelo aumento da temperatura e pela falta de limpeza das matas.
Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins, em Chaves: cheias A partir da recolha de imagens de cheias históricas do rio Tâmega, alunos e alunas desta escola identificaram que a intensidade das cheias e os prejuízos materiais provocados são um problema preocupante. Embora a diminuição da precipitação tenha causado também a redução das cheias, estas, quando ocorrem, são ainda mais intensas. O trabalho dos e das estudantes mostrou ainda que, entre os fatores responsáveis pelas cheias, estão a precipitação abundantes, os solos impermeáveis, a falta de vegetação, a construção ao longo das margens do rio e a poluição.
Agrupamento de Escolas Gaia Nascente: alterações climáticas e migração de aves A partir da perceção da comunidade, estudantes de Gaia identificaram que certas espécies de aves – nomeadamente, cegonhas – permanecem mais tempo e em maior quantidade em Portugal. Especificamente em Gaia, um concelho com frente para o mar e para o rio, além de várias áreas industriais, a hipótese dos e das estudantes é de que o problema da migração de aves é causado por questões como o aquecimento global, a poluição, a falta de alimento, a destruição de habitats e o comportamento humano. Todas estas questões causam a diminuição da biodiversidade.
Agrupamento de Escolas João Araújo Correia, em Peso da Régua: alterações climáticas naviticultura O ponto de partida dos e das estudantes nesta escola foi a questão: De que forma as alterações climáticas estão a afetar a data da colheita das uvas, a quantidade e a qualidade do vinho e o seu teor alcoólico? Foram identificados como problemas principais a antecipação do momento da vindima; a alteração do ciclo vegetativo; o stress hídrico; a antecipação da maturação; o aumento da erosão dos solos; a redução da fertilidade, vigor e perenidade das vinhas; a redução da quantidade e qualidade dos recursos hídricos; as alterações na fisiologia da videira; o aumento da incidência e tipologia de pragas e doenças.
Escola Básica de Frazão, em Paços de Ferreira: mudanças de paisagem e urbanização Estudantes entrevistaram familiares e amigos para identificar as alterações climáticas dos últimos 30 anos no concelho de Paços de Ferreira. Se, por um lado, notaram que há casas melhores e mais confortáveis, além de estradas, fábricas e escolas em melhores condições, por outro há menos biodiversidade, solos mais pobres, poluição do ar e menos convívio entre vizinhos. Pretende-se aprofundar o trabalho no próximo ano letivo na tentativa de melhorar os espaços verdes do concelho, além de combater a poluição.
Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros: seca e perdas d’água Ao identificarem que a seca e o desperdício de água são problemas preocupantes em Macedo de Cavaleiros, intensificados pelas alterações climáticas, estudantes aprofundaram nos CiCli-Labs o debate em torno da questão. Associada à esta temática, preocupam sobretudo a falta de água e a diminuição da produção agrícola. Nos laboratórios, foram debatidas medidas individuais e coletivas que podem ser implementadas para colmatar a problemática.
Escola Secundária de Vila Verde: mudanças meteorológicas – ilhas e ondas de calor Ao perceberem que o mês de abril estava menos chuvoso, e os meses de outubro e março mais quentes, estudantes concluíram que a modificação climática em Vila Verde afeta diretamente a qualidade dos produtos agrícolas, sobretudo em função da falta de água. Também concluíram que a responsabilidade destas alterações é do comportamento humano. Após pesquisa de provérbios climáticos que deixaram de fazer sentido, estudantes debaterem soluções que poderão ser desenvolvidas para a adaptação climática no concelho.
Através de diferentes metodologias participatórias, os CiCli-Labs partiram do problema climático comunitário em que os/as jovens trabalharam nas suas escolas. Este é o catalisador para uma discussão ampla e alargada com diversos atores convidados a participar nos laboratórios (investigadores, agentes económicos, ativistas, políticos locais e intermunicipais).
A ligação entre cidadania, ciência e políticas públicas desenvolveu-se ao longo de um conjunto sequencial de sessões e atividades, que incluíram a produção de recursos visuais e documentais, visando a discussão conjunta de, por exemplo, causas e efeitos climáticos, extensão territorial dos problemas climáticos, possíveis soluções climáticas, contributos específicos de cada ator e entidade representada na operacionalização de soluções climáticas.
Assim, diferentes modelos de coprodução de conhecimento e cocriação de soluções foram mobilizados para permitir uma colaboração continuada que conduza ao desenho participativo de um plano de adaptação climático.
As experiências dos estudantes que participaram dos Cicli-Labs foram partilhadas no 1º Seminário ClimActiC, realizado em 1 de julho, na FPCEUP. Com o tema “Jovens e cidadania pelo clima”, o Seminário reuniu 104 pessoas – entre elas, 71 eram docentes e estudantes das escolas parceiras do ClimActiC.