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Duas comunicações do Projeto ClimActiC são apresentadas no VII Encontro Nacional de Jovens Investigadores em Educação

O projeto ClimActiC apresentou duas comunicações orais no VII Encontro Nacional de Jovens Investigadores em Educação (ENJIE), realizado em 3 e 4 de fevereiro de 2023, dedicado ao tema “Desafios Atuais na Investigação em Educação: Agendas Emergentes”. O evento decorreu na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto (ESE/IPP) e na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP).

Uma das comunicações foi apresentada por Juliana Diógenes-Lima e Carla Malafaia, com o título: “Justiça Climática nos contextos urbano e rural: perceções de jovens sobre a experiência de participação em Laboratórios Climáticos Colaborativos em duas regiões do Norte de Portugal”.

A investigação teve por objetivo explorar as perceções de jovens do Ensino Secundário de duas regiões do Norte de Portugal, nos contextos rural e urbano, sobre i) a experiência de participação em Laboratórios Climáticos Colaborativos (CiCli-Labs), uma metodologia participatória educativa, inspirada em modelos de aprendizagem transgressiva sobre mudança climática, e ii) os futuros climáticos das suas regiões, em articulação com as dimensões da justiça climática.

Foram apresentados e discutidos desafios à adaptação climática a nível comunitário, como a necessidade de criar espaços de participação que reconheçam os/as jovens como atores políticos e com agência climática.

Também foi realizada a comunicação oral intitulada: “O desenvolvimento profissional docente num projeto de educação climática com metodologias participatórias”, de autoria das investigadoras Bruna Pereira, Amélia Lopes e Ana Cristina Torres.

Esta investigação pretendeu compreender os contributos para o desenvolvimento profissional docente, através da implementação do perfil comunitário num projeto de educação climática. Esta abordagem permite a construção de um perfilamento da natureza, necessidades e recursos de um território.

Foram debatidos alguns resultados preliminares do estudo, como o facto de que parecem haver diferentes focos de desenvolvimento, seja na construção de saberes no âmbito das alterações climáticas ou nas necessidades de aprendizagem dos/as alunos.

Leia mais no Livro de Resumos do VII ENJIE.

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Docentes de escolas do Norte de Portugal participam da formação do Projeto ClimActiC

Teve início a 2ª Oficina de Formação de professores promovida pelo Projeto ClimActiC, no formato B-Learning, no passado dia 30 de novembro. Com foco em Educação Climática, Cidadania e Participação, a formação tem como objetivo capacitar os e as professores/as para trabalharem com colegas e com a comunidade, dando resposta aos objetivos da educação e da ação climática da Agenda 2030, em articulação com o Referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade.

A formação decorrerá até maio, com professores/as dos Agrupamentos de Escolas de: Vila Nova de Cerveira; Gaia Nascente; João Araújo Correia (Peso da Régua); Macedo de Cavaleiros; Frazão; Escola Secundária de Vila Verde e Escola Secundária D. Sancho I (Famalicão).

Ao longo das sessões, os e as professores/as organizam e participam de atividades do Perfil Comunitário Climático, dos Laboratórios Climáticos Colaborativos (CiCli-Labs) e dos Fóruns Comunitários, com o apoio das investigadoras do Projeto que integram o Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE), da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP).

Os/as professores/as inscritos na formação serão também convidados a participar no Seminário final do ClimActiC, a decorrer nos últimos meses do projeto. Durante a Oficina de Formação, realizar-se-ão ainda grupos de escrita colaborativa entre professores e membros da equipa de investigação do ClimActiC.

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Investigadoras do ClimActiC apresentam duas comunicações orais e um póster no XVI Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação

O Projeto ClimActiC apresentou duas comunicações orais e um póster no XVI Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação (SPCE), decorrido nos dias 15, 16 e 17 de setembro de 2022.

Com o tema “Educação e Cidades: Tempos, espaços, atores e culturas”, o seminário foi realizado na Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx) e na Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), em Lisboa e online. Três trabalhos do ClimActiC foram apresentados no evento:

– Comunicação oral

Título: Laboratórios Climáticos Colaborativos: desenvolvimento de processos e metodologias participativas para a adaptação climática comunitária

De autoria das investigadoras Juliana Diógenes-Lima, Eunice Macedo, Sofia Marques da Silva e Carla Malafaia, a comunicação apresentou as potencialidades de espaços como os Laboratórios Climáticos Colaborativos (CiCli-Labs), metodologia participativa de base comunitária desenvolvida no âmbito do projeto, em termos de educação climática, envolvimento comunitário e participação.

A comunicação, apresentada pela investigadora Juliana Diógenes-Lima, também analisou o modo como abordagens concetuais e metodológicas aderem, na prática, a diferentes contextos locais e de que forma potenciam a partilha de poder, de conhecimento e de recursos com vista à adaptação climática na região Norte.

– Comunicação oral

Título: Impactos das alterações climáticas num ecossistema local – perfil comunitário de jovens

De autoria das investigadoras Clementina Rios, Juliana Diógenes-Lima, Bruna Pereira, Joana Cruz, Amélia Lopes e Isabel Menezes, esta comunicação apresentou um estudo realizado  numa escola secundária da região Norte, parceria do ClimActiC. Apresentado pela Doutora Clementina Rios, o trabalho discutiu resultados preliminares, como a identificação de cocriação e desenvolvimento de estratégias, de soluções e de recomendações acionáveis para sensibilizar e agir em prol da preservação e conservação do ecossistema local. Na comunicação, também se apresentou e debateu processos de transferência de conhecimentos e experiências sobre as alterações climáticas entre os diversos atores sociais locais envolvidos no projeto.

– Póster

Título: Desenvolvimento de perfis comunitários climáticos nas escolas: uma experiência de investigação colaborativa e desenvolvimento profissional de professores

De autoria das investigadoras Bruna Pereira, Leanete Dotta, Amélia Lopes e Ana Cristina Torres, o trabalho apresentou um processo de investigação colaborativa e desenvolvimento profissional com docentes do 3º CEB e Ensino Secundário de escolas parceiras do ClimActiC. O foco do póster foi discutir o potencial pedagógico do desenvolvimento de perfis comunitários climáticos nas escolas como estratégia de educação para a participação na ação climática, bem como efeitos da experiência de investigação colaborativa e formação contínua de professores para a promoção da educação climática nas escolas.

Mais detalhes podem ser lidos no Livro de Resumos do congresso da SPCE 2022.

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Escola de Vila Nova de Cerveira é palco de três sessões dos CiCli-Labs

Estudantes e atores sociais debatem soluções para problema climático local

Os/as alunos do 8º ano e do 10º ano do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira, juntamente com as suas professoras de Geografia, debateram, ao longo do primeiro semestre de 2022, fenómenos associados às alterações climáticas que têm se intensificado no concelho.

Após a aplicação de questionários na comunidade, os/as jovens focaram a sua investigação nos incêndios e na desflorestação, que emergiram como os problemas climáticos locais mais preocupantes.

Estes problemas, bem como as suas causas e consequências para a região, foram o ponto de partida das sessões de Laboratórios Climáticos Colaborativos (Cicli-Labs) com o objetivo de potenciar diálogo e cocriação de soluções acionáveis.

Para isso, três sessões de Cicli-Labs promoveram atividades de articulação entre atores de diversos setores, incluindo a Engenheira Margarida Barbosa, da Associação de Produtores Florestais (Valminho Florestal); a Dra. Sandra Estevéns, da CIM Alto Minho; a Dra. Sónia Guerreiro, vereadora da Educação da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira; Lucy Small, Ângelo Fernandes e Ana Cristina Lages, da Associação de Defesa do Património (COREMA); e, por fim, João Vieira, especialista em Psicologia, do Centro de Psicologia da Universidade do Porto.

Estas sessões tiveram como objetivo construir um plano colaborativo de adaptação climática, privilegiando o trabalho de investigação conduzido pelos/as jovens estudantes e potenciando a partilha de conhecimentos e discussões sobre cidadania, política e clima.

As três sessões de CiCli-Labs ocorreram nos dias 28 de abril, 12 de maio e 26 de maio, na biblioteca da Escola Básica e Secundária de Vila Nova de Cerveira. Inicialmente, os/as jovens criaram a Árvore do Problema Climático, representando as causas e efeitos dos incêndios e da desflorestação na região de Cerveira. A partir disto, foram debatidas possíveis soluções a colocar em prática.

Estudantes entrevistam atores sociais no Speed Climate Dating

Da parte dos/as estudantes, destacam-se algumas dessas sugestões: uma delas é a divulgação mais ampla das atividades de prevenção de riscos climáticos associados aos incêndios e à desflorestação.

Para os/as estudantes, a divulgação de ações de prevenção aos incêndios (como a plantação de árvores autóctones, por exemplo) nas redes sociais não é suficiente, pois não prende a atenção de jovens, pelo contrário. Além disso, estudantes referiram que as redes sociais dispersam a atenção e, por esta razão, revelam-se insuficientes como plataforma de divulgação. Neste sentido, jovens sugeriram envolver associações desportivas juvenis e escuteiros na divulgação de ações preventivas aos incêndios e à desflorestação.

Uma das estudantes sugeriu também o engajamento estudantil num projeto da escola, o Clube da Natureza, que poderia vir a envolver-se em atividades juntamente com a comunidade para a implementação de um plano colaborativo de adaptação climática.

Debateu-se ainda a importância de fortalecer a articulação regional no combate ao problema climático local. Nesse sentido, cada ator local participante expôs contributos que, na sua área, poderiam ajudar a colocar em prática as propostas de soluções avançadas pelos/as jovens.

A promoção dessa ação regionalmente articulada poderá ser feita, por exemplo, em parceria com a CIM Alto Minho, que se dispôs a agir em conjunto com outros órgãos do poder local para tornar a iniciativa mais eficaz.

Da parte dos/as estudantes do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira, mostrou-se importante adotar estratégias capazes de sensibilizar, informar e educar para mudar comportamentos no concelho e, assim, colmatar problemas relativamente aos incêndios e à desflorestação.

No próximo ano, será dado seguimento a estas propostas para resolução do problema climático em Vila Nova de Cerveira, com a articulação de estratégias de implementação das ideias debatidas nos CiCli-Labs.

O objetivo será desenvolver, por meio do diálogo, estratégias regionalmente articuladas e amplamente divulgadas para colmatar a questão dos incêndios e da desflorestação em Vila Nova de Cerveira. Por fim, espera-se que estes laboratórios apontem possíveis caminhos colaborativos de adaptação climática para o fortalecimento da resiliência local neste concelho.

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Docentes de escolas do Norte de Portugal participam em formação sobre educação climática, cidadania e participação

No âmbito do Projeto ClimActiC, participaram numa oficina de formação, de 50 horas, em b-learning, quinze docentes do ensino básico e secundário do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira; do Agrupamento de Escolas Gaia Nascente; do Agrupamento de Escolas João Araújo Correia (Peso da Régua); da Escola Secundária de Vila Verde; do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros e do Agrupamento de Escolas de Frazão.

O objetivo geral da formação foi capacitar os e as docentes para trabalharem com colegas e a comunidade, dando resposta aos objetivos da educação e da ação climática da Agenda 2030, em articulação com o Referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade.

A formação desenvolveu temas relacionados com os “Desafios locais e globais da ação climática e suas implicações na educação para a cidadania”; a “Participação cívica e política de jovens nas questões climáticas e ambientais”; os “Perfis comunitários em contextos educativos”; a “Investigação participativa: papéis, processos e metodologias”; e a “Partilha e reflexão sobre as experiências de perfis comunitários nas escolas”.

As sessões de formação envolveram uma vasta equipa de investigadores dos vários centros de investigação parceiros no projeto, bem como investigadoras convidadas, coordenadas pela equipa de investigadoras do CIIE-FPCEUP. A formação terminou com o Seminário de dia 1 de julho, onde docentes e estudantes tiveram a oportunidade de partilhar as suas experiências nas escolas e os efeitos que as mesmas tiveram ao nível de aprendizagens e desenvolvimento pessoal, académico e profissional.

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ClimActiC dinamiza laboratórios colaborativos climáticos, em escolas do Norte de Portugal, com estudantes, docentes e atores comunitários

A equipa do Projeto ClimActiC realizou, entre abril e junho deste ano, 15 sessões de laboratórios colaborativos climáticos (CiCli-Labs). 

Os laboratórios ocorreram em oito escolas de sete regiões do Norte de Portugal: Vila Nova de Gaia, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Chaves, Macedo de Cavaleiros, Paços de Ferreira, Peso da Régua e Vila Verde.  

Os CiCli-Labs reuniram jovens estudantes do 7º ao 12º ano, de escolas do Norte de Portugal, agentes económicos, decisores políticos locais e regionais, além de representantes de ONGs e ativistas.

Participaram ainda das sessões investigadores/as do Centro de Psicologia da Universidade do Porto (CPUP), do Laboratório Associado – Laboratório de Processos de Separação e Reacção e Laboratório de Catálise e Materiais (LSRE-LCM) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e do Centro de Física – Universidade do Minho – Universidade do Porto (CF-UM-UP)

Mapeamento Colaborativo no Agrupamento de Escolas João Araújo Correia (Peso da Régua)

As atividades realizadas tiveram por objetivo promover  diálogo e cocriação entre cientistas, jovens, ativistas, agentes económicos e decisores políticos. O ponto de partida destes laboratórios residiu em trabalho que jovens estudantes realizaram previamente nas suas escolas de identificação e pesquisa sobre os problemas climáticos locais que mais os preocupavam.

Nesta primeira edição dos CiCli-Labs, foram trabalhados os seguintes problemas climáticos locais:

Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira: incêndios florestais e desflorestação
Ao questionarem a comunidade sobre os principais problemas ambientais da localidade, estudantes identificaram os incêndios e a desflorestação. Além disso, os e as jovens também indetificaram que estes são provocados por fatores como: aumento das temperaturas em nível global, diminuição de precipitação, construções humanas, exploração agrícola e florestal, doenças fitossanitárias e introdução de espécies invasoras.

Agrupamento de Escolas do Concelho de Caminha: incêndios e subida do nível médio da água do mar e do rio
Por ter a Mata Nacional do Camarido como ligação entre a Foz do Minho e a Praia de Moledo, o problema climático local identificado pelos e pelas jovens mostrou-se complexo. O trabalho dos e das estudantes revelou que, enquanto o aumento do nível médio da água é causado por questões como o degelo, os incêndios são provocados pelo aumento da temperatura e pela falta de limpeza das matas.

Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins, em Chaves: cheias
A partir da recolha de imagens de cheias históricas do rio Tâmega, alunos e alunas desta escola identificaram que a intensidade das cheias e os prejuízos materiais provocados são um problema preocupante. Embora a diminuição da precipitação tenha causado também a redução das cheias, estas, quando ocorrem, são ainda mais intensas. O trabalho dos e das estudantes mostrou ainda que, entre os fatores responsáveis pelas cheias, estão a precipitação abundantes, os solos impermeáveis, a falta de vegetação, a construção ao longo das margens do rio e a poluição.

Árvore do Problema Climático no Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins

Agrupamento de Escolas Gaia Nascente: alterações climáticas e migração de aves
A partir da perceção da comunidade, estudantes de Gaia identificaram que certas espécies de aves – nomeadamente, cegonhas – permanecem mais tempo e em maior quantidade em Portugal. Especificamente em Gaia, um concelho com frente para o mar e para o rio, além de várias áreas industriais, a hipótese dos e das estudantes é de que o problema da migração de aves é causado por questões como o aquecimento global, a poluição, a falta de alimento, a destruição de habitats e o comportamento humano. Todas estas questões causam a diminuição da biodiversidade.

Agrupamento de Escolas João Araújo Correia, em Peso da Régua: alterações climáticas na viticultura
O ponto de partida dos e das estudantes nesta escola foi a questão: De que forma as alterações climáticas estão a afetar a data da colheita das uvas, a quantidade e a qualidade do vinho e o seu teor alcoólico? Foram identificados como problemas principais a antecipação do momento da vindima; a alteração do ciclo vegetativo; o stress hídrico; a antecipação da maturação; o aumento da erosão dos solos; a redução da fertilidade, vigor e perenidade das vinhas; a redução da quantidade e qualidade dos recursos hídricos; as alterações na fisiologia da videira; o aumento da incidência e tipologia de pragas e doenças.

Escola Básica de Frazão, em Paços de Ferreira: mudanças de paisagem e urbanização
Estudantes entrevistaram familiares e amigos para identificar as alterações climáticas dos últimos 30 anos no concelho de Paços de Ferreira. Se, por um lado, notaram que há casas melhores e mais confortáveis, além de estradas, fábricas e escolas em melhores condições, por outro há menos biodiversidade, solos mais pobres, poluição do ar e menos convívio entre vizinhos. Pretende-se aprofundar o trabalho no próximo ano letivo na tentativa de melhorar os espaços verdes do concelho, além de combater a poluição.

Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros: seca e perdas d’água
Ao identificarem que a seca e o desperdício de água são problemas preocupantes em Macedo de Cavaleiros, intensificados pelas alterações climáticas, estudantes aprofundaram nos CiCli-Labs o debate em torno da questão. Associada à esta temática, preocupam sobretudo a falta de água e a diminuição da produção agrícola. Nos laboratórios, foram debatidas medidas individuais e coletivas que podem ser implementadas para colmatar a problemática.

Escola Secundária de Vila Verde: mudanças meteorológicas – ilhas e ondas de calor
Ao perceberem que o mês de abril estava menos chuvoso, e os meses de outubro e março mais quentes, estudantes concluíram que a modificação climática em Vila Verde afeta diretamente a qualidade dos produtos agrícolas, sobretudo em função da falta de água. Também concluíram que a responsabilidade destas alterações é do comportamento humano. Após pesquisa de provérbios climáticos que deixaram de fazer sentido, estudantes debaterem soluções que poderão ser desenvolvidas para a adaptação climática no concelho.

Estudantes da Escola de Vila Verde desenvolvem questões do Speed Climate Dating

Através de diferentes metodologias participatórias, os CiCli-Labs partiram do problema climático comunitário em que os/as jovens trabalharam nas suas escolas. Este é o catalisador para uma discussão ampla e alargada com diversos atores convidados a participar nos laboratórios (investigadores, agentes económicos, ativistas, políticos locais e intermunicipais).

A ligação entre cidadania, ciência e políticas públicas desenvolveu-se ao longo de um conjunto sequencial de sessões e atividades, que incluíram a produção de recursos visuais e documentais, visando a discussão conjunta de, por exemplo, causas e efeitos climáticos, extensão territorial dos problemas climáticos, possíveis soluções climáticas, contributos específicos de cada ator e entidade representada na operacionalização de soluções climáticas.

Assim, diferentes modelos de coprodução de conhecimento e cocriação de soluções foram mobilizados para permitir uma colaboração continuada que conduza ao desenho participativo de um plano de adaptação climático.

As experiências dos estudantes que participaram dos Cicli-Labs foram partilhadas no 1º Seminário ClimActiC, realizado em 1 de julho, na FPCEUP. Com o tema “Jovens e cidadania pelo clima”, o Seminário reuniu 104 pessoas – entre elas, 71 eram docentes e estudantes das escolas parceiras do ClimActiC. 

Os laboratórios foram coordenados pela equipa do Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE), da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP). O projeto é financiado pelo NORTE-01-0145-FEDER-000071.

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