peso da régua

Fórum Comunitário sobre adaptação climática na região do Douro é realizado pelo Agrupamento de Escolas João Araújo Correia no âmbito do ClimActiC

Aproximadamente 200 pessoas reuniram-se no Fórum Comunitário – Plano de Adaptação Climática na RDD, em 19 de maio, no Teatrinho Reguense, em Peso da Régua. Promovido pelo Agrupamento de Escolas João Araújo Correia (AEJAC), o evento teve a organização de estudantes do 10º (turmas B e E) e 11º ano (turma C), além dos e das professores/as.

O Fórum integra o Projeto ClimActiC, que em Peso da Régua, reuniu estudantes e atores da comunidade para analisar o impacto das alterações climáticas na vitinicultura da região do Douro, ao promover reflexões sobre medidas de adaptação a implementar.

A programação do Fórum envolveu três painéis. O primeiro foi a abertura dos trabalhos e contextualização do Projeto ClimActiC, no qual a Professora Doutora Ana Cristina Torres esteve presente como representante do Projeto e apresentou dados das atividades desenvolvidas com os/as estudantes e docentes. Nesta sessão, participaram também representantes da direção do AEJAC e da Câmara Municipal de Peso da Régua (CMPR). Já no segundo painel foram apresentadas as propostas e os trabalhos dos e das estudantes, desenvolvidos ao longo do Projeto ClimActiC.

O terceiro painel foi destinado à realização de palestras técnicas da Eng. Cândida Vale (IVDP), PhD Lia Dinis (UTAD – CITAB), Eng. Hugo Fonseca (Quinta da Pacheca) e Dra. Mónica Valente (CMPR). No final, realizou-se uma sessão de debate, na qual foram partilhadas questões e inquietações em torno das políticas de adaptação climática na região de Peso da Régua.

Mais informações no Facebook do AEJAC.

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Docentes de escolas do Norte de Portugal participam da formação do Projeto ClimActiC

Teve início a 2ª Oficina de Formação de professores promovida pelo Projeto ClimActiC, no formato B-Learning, no passado dia 30 de novembro. Com foco em Educação Climática, Cidadania e Participação, a formação tem como objetivo capacitar os e as professores/as para trabalharem com colegas e com a comunidade, dando resposta aos objetivos da educação e da ação climática da Agenda 2030, em articulação com o Referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade.

A formação decorrerá até maio, com professores/as dos Agrupamentos de Escolas de: Vila Nova de Cerveira; Gaia Nascente; João Araújo Correia (Peso da Régua); Macedo de Cavaleiros; Frazão; Escola Secundária de Vila Verde e Escola Secundária D. Sancho I (Famalicão).

Ao longo das sessões, os e as professores/as organizam e participam de atividades do Perfil Comunitário Climático, dos Laboratórios Climáticos Colaborativos (CiCli-Labs) e dos Fóruns Comunitários, com o apoio das investigadoras do Projeto que integram o Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE), da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP).

Os/as professores/as inscritos na formação serão também convidados a participar no Seminário final do ClimActiC, a decorrer nos últimos meses do projeto. Durante a Oficina de Formação, realizar-se-ão ainda grupos de escrita colaborativa entre professores e membros da equipa de investigação do ClimActiC.

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Escola em Peso da Régua é palco de duas sessões dos CiCli-Labs

Debate de possíveis soluções para os impactos das alterações climáticas nas vinhas

Os/as alunos do 9º, 10º e 11º ano do Agrupamento de Escolas João Araújo Correia, juntamente com seus professores e suas professoras de Biologia e Geologia, Ciências Naturais, Educação para a Cidadania, Física, Geografia e História debateram, ao longo do primeiro semestre de 2022, fenómenos associados às alterações climáticas que têm se intensificado no concelho de Peso da Régua.

Após a realização de entrevistas à comunidade, os/as jovens focaram a sua investigação nos impactos das alterações climáticas nas vinhas, que emergiram como os problemas climáticos locais mais preocupantes.

Estes problemas, bem como as suas causas e consequências para a região, foram o ponto de partida das sessões de Laboratórios Climáticos Colaborativos (Cicli-Labs) com o objetivo de potenciar diálogo e cocriação de soluções acionáveis.

Para isso, duas sessões de Cicli-Labs promoveram atividades de articulação entre atores de diversos setores, incluindo a Dra. Mónica Valente, assessora do Presidente da Câmara Municipal de Peso da Régua; o Dr. Samuel Reis, da Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense – ADVID; e, por fim, a Doutora Carmen Gonçalves, do Centro de Física das Universidades do Minho e do Porto (CF-UM-UP).

Estas sessões tiveram como objetivo construir um plano colaborativo de adaptação climática, privilegiando o trabalho de investigação conduzido pelos/as jovens estudantes e potenciando a partilha de conhecimentos e discussões sobre cidadania, política e clima.

Material de preparação para os Cicli-Labs elaborado pelos e pelas estudantes

As duas sessões de CiCli-Labs ocorreram nos dias 18 de maio e 1 de junho, no auditório do Agrupamento de Escolas João Araújo Correia. Inicialmente, os/as jovens criaram a Árvore do Problema Climático, representando as causas e efeitos dos impactos das alterações climáticas na vitivinicultura na região de Peso da Régua. A partir disto, foram debatidas possíveis soluções a colocar em prática.

Uma das soluções identificadas pelos e pelas estudantes, e debatidas com os atores sociais, foi a necessidade de fazer formação dos agricultores para que se adaptem a estas novas características da região: por exemplo, saber onde cultivar, que castas cultivar e a que altitude.

Verificou-se, ainda, a necessidade de uma gestão mais racional da água, construindo reservatórios para armazenar água das chuvas. Também debateu-se a instalação de uma rede de sensores que permita monitorizar a variação da temperatura e da precipitação e que forneça informação precisa, permitindo tomar decisões que facilitem a adaptação às novas condições.

No próximo ano, será dado seguimento a estas propostas para resolução do problema climático em Peso da Régua, com a articulação de estratégias de implementação das ideias debatidas nos CiCli-Labs.

O objetivo será desenvolver, por meio do diálogo, estratégias regionalmente articuladas e amplamente divulgadas para colmatar os problemas climáticos locais apontados pelos/as jovens estudantes de Peso da Régua.

Por fim, espera-se que estes laboratórios apontem possíveis caminhos colaborativos de adaptação climática para o fortalecimento da resiliência local neste concelho.

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ClimActiC dinamiza laboratórios colaborativos climáticos, em escolas do Norte de Portugal, com estudantes, docentes e atores comunitários

A equipa do Projeto ClimActiC realizou, entre abril e junho deste ano, 15 sessões de laboratórios colaborativos climáticos (CiCli-Labs). 

Os laboratórios ocorreram em oito escolas de sete regiões do Norte de Portugal: Vila Nova de Gaia, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Chaves, Macedo de Cavaleiros, Paços de Ferreira, Peso da Régua e Vila Verde.  

Os CiCli-Labs reuniram jovens estudantes do 7º ao 12º ano, de escolas do Norte de Portugal, agentes económicos, decisores políticos locais e regionais, além de representantes de ONGs e ativistas.

Participaram ainda das sessões investigadores/as do Centro de Psicologia da Universidade do Porto (CPUP), do Laboratório Associado – Laboratório de Processos de Separação e Reacção e Laboratório de Catálise e Materiais (LSRE-LCM) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e do Centro de Física – Universidade do Minho – Universidade do Porto (CF-UM-UP)

Mapeamento Colaborativo no Agrupamento de Escolas João Araújo Correia (Peso da Régua)

As atividades realizadas tiveram por objetivo promover  diálogo e cocriação entre cientistas, jovens, ativistas, agentes económicos e decisores políticos. O ponto de partida destes laboratórios residiu em trabalho que jovens estudantes realizaram previamente nas suas escolas de identificação e pesquisa sobre os problemas climáticos locais que mais os preocupavam.

Nesta primeira edição dos CiCli-Labs, foram trabalhados os seguintes problemas climáticos locais:

Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira: incêndios florestais e desflorestação
Ao questionarem a comunidade sobre os principais problemas ambientais da localidade, estudantes identificaram os incêndios e a desflorestação. Além disso, os e as jovens também indetificaram que estes são provocados por fatores como: aumento das temperaturas em nível global, diminuição de precipitação, construções humanas, exploração agrícola e florestal, doenças fitossanitárias e introdução de espécies invasoras.

Agrupamento de Escolas do Concelho de Caminha: incêndios e subida do nível médio da água do mar e do rio
Por ter a Mata Nacional do Camarido como ligação entre a Foz do Minho e a Praia de Moledo, o problema climático local identificado pelos e pelas jovens mostrou-se complexo. O trabalho dos e das estudantes revelou que, enquanto o aumento do nível médio da água é causado por questões como o degelo, os incêndios são provocados pelo aumento da temperatura e pela falta de limpeza das matas.

Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins, em Chaves: cheias
A partir da recolha de imagens de cheias históricas do rio Tâmega, alunos e alunas desta escola identificaram que a intensidade das cheias e os prejuízos materiais provocados são um problema preocupante. Embora a diminuição da precipitação tenha causado também a redução das cheias, estas, quando ocorrem, são ainda mais intensas. O trabalho dos e das estudantes mostrou ainda que, entre os fatores responsáveis pelas cheias, estão a precipitação abundantes, os solos impermeáveis, a falta de vegetação, a construção ao longo das margens do rio e a poluição.

Árvore do Problema Climático no Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins

Agrupamento de Escolas Gaia Nascente: alterações climáticas e migração de aves
A partir da perceção da comunidade, estudantes de Gaia identificaram que certas espécies de aves – nomeadamente, cegonhas – permanecem mais tempo e em maior quantidade em Portugal. Especificamente em Gaia, um concelho com frente para o mar e para o rio, além de várias áreas industriais, a hipótese dos e das estudantes é de que o problema da migração de aves é causado por questões como o aquecimento global, a poluição, a falta de alimento, a destruição de habitats e o comportamento humano. Todas estas questões causam a diminuição da biodiversidade.

Agrupamento de Escolas João Araújo Correia, em Peso da Régua: alterações climáticas na viticultura
O ponto de partida dos e das estudantes nesta escola foi a questão: De que forma as alterações climáticas estão a afetar a data da colheita das uvas, a quantidade e a qualidade do vinho e o seu teor alcoólico? Foram identificados como problemas principais a antecipação do momento da vindima; a alteração do ciclo vegetativo; o stress hídrico; a antecipação da maturação; o aumento da erosão dos solos; a redução da fertilidade, vigor e perenidade das vinhas; a redução da quantidade e qualidade dos recursos hídricos; as alterações na fisiologia da videira; o aumento da incidência e tipologia de pragas e doenças.

Escola Básica de Frazão, em Paços de Ferreira: mudanças de paisagem e urbanização
Estudantes entrevistaram familiares e amigos para identificar as alterações climáticas dos últimos 30 anos no concelho de Paços de Ferreira. Se, por um lado, notaram que há casas melhores e mais confortáveis, além de estradas, fábricas e escolas em melhores condições, por outro há menos biodiversidade, solos mais pobres, poluição do ar e menos convívio entre vizinhos. Pretende-se aprofundar o trabalho no próximo ano letivo na tentativa de melhorar os espaços verdes do concelho, além de combater a poluição.

Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros: seca e perdas d’água
Ao identificarem que a seca e o desperdício de água são problemas preocupantes em Macedo de Cavaleiros, intensificados pelas alterações climáticas, estudantes aprofundaram nos CiCli-Labs o debate em torno da questão. Associada à esta temática, preocupam sobretudo a falta de água e a diminuição da produção agrícola. Nos laboratórios, foram debatidas medidas individuais e coletivas que podem ser implementadas para colmatar a problemática.

Escola Secundária de Vila Verde: mudanças meteorológicas – ilhas e ondas de calor
Ao perceberem que o mês de abril estava menos chuvoso, e os meses de outubro e março mais quentes, estudantes concluíram que a modificação climática em Vila Verde afeta diretamente a qualidade dos produtos agrícolas, sobretudo em função da falta de água. Também concluíram que a responsabilidade destas alterações é do comportamento humano. Após pesquisa de provérbios climáticos que deixaram de fazer sentido, estudantes debaterem soluções que poderão ser desenvolvidas para a adaptação climática no concelho.

Estudantes da Escola de Vila Verde desenvolvem questões do Speed Climate Dating

Através de diferentes metodologias participatórias, os CiCli-Labs partiram do problema climático comunitário em que os/as jovens trabalharam nas suas escolas. Este é o catalisador para uma discussão ampla e alargada com diversos atores convidados a participar nos laboratórios (investigadores, agentes económicos, ativistas, políticos locais e intermunicipais).

A ligação entre cidadania, ciência e políticas públicas desenvolveu-se ao longo de um conjunto sequencial de sessões e atividades, que incluíram a produção de recursos visuais e documentais, visando a discussão conjunta de, por exemplo, causas e efeitos climáticos, extensão territorial dos problemas climáticos, possíveis soluções climáticas, contributos específicos de cada ator e entidade representada na operacionalização de soluções climáticas.

Assim, diferentes modelos de coprodução de conhecimento e cocriação de soluções foram mobilizados para permitir uma colaboração continuada que conduza ao desenho participativo de um plano de adaptação climático.

As experiências dos estudantes que participaram dos Cicli-Labs foram partilhadas no 1º Seminário ClimActiC, realizado em 1 de julho, na FPCEUP. Com o tema “Jovens e cidadania pelo clima”, o Seminário reuniu 104 pessoas – entre elas, 71 eram docentes e estudantes das escolas parceiras do ClimActiC. 

Os laboratórios foram coordenados pela equipa do Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE), da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP). O projeto é financiado pelo NORTE-01-0145-FEDER-000071.

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