Os/as alunos do 11º ano do Agrupamento de Escolas do Concelho de Caminha, juntamente com suas professoras de Geografia debateram, ao longo do primeiro semestre de 2022, fenómenos associados às alterações climáticas que têm se intensificado no concelho de Caminha.
Após a realização de atividades debatidas em sala de aula, os/as jovens focaram a sua investigação no aumento do nível médio da água do mar e nos incêndios, que emergiram como os problemas climáticos locais mais preocupantes.
Estes problemas, bem como as suas causas e consequências para a região, foram o ponto de partida das sessões de Laboratórios Climáticos Colaborativos (Cicli-Labs) com o objetivo de potenciar diálogo e cocriação de soluções acionáveis.
Para isso, uma sessão de Cicli-Labs promoveu atividades de articulação entre atores de diversos setores, incluindo a Dra. Liliana Ribeiro, Vereadora da Educação da Câmara Municipal de Caminha (CMC); o Dr. Filipe, arquiteto paisagista da CMC; a Dra. Lucy Small, da Associação de Defesa do Patrimônio – COREMA; a Dra. Sandra Estévens, da CIM Alto Minho; e, por fim, a Doutora Rita Ruivo Marques, do Laboratório Associado LSRE (Laboratório de Processos de Separação e Reacção) e LCM (Laboratório de Catálise e Materiais), da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
A sessão teve como objetivo construir um plano colaborativo de adaptação climática, privilegiando o trabalho de investigação conduzido pelos/as jovens estudantes e potenciando a partilha de conhecimentos e discussões sobre cidadania, política e clima.
Esta sessão ocorreu no Agrupamento de Escolas do Concelho de Caminha em 2 de junho. Inicialmente, os/as jovens criaram a Árvore do Problema Climático, representando as causas e efeitos do aumento do nível médio das águas e dos incêndios. A partir disto, foram debatidas possíveis soluções a colocar em prática.
Entre algumas soluções possíveis debatidas entre os presentes, estão a utilização de menos transportes privados, combinada com a utilização de mais carros elétricos e bicicletas. Também se debateu a necessidade de reduzir o consumo de plásticos e procurar alternativas aos combustíveis fósseis no concelho.
Espera-se que estes laboratórios apontem possíveis caminhos colaborativos de adaptação climática para o fortalecimento da resiliência local em Caminha.